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Estudante de Comunicação Social - Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia.

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Desabafo

Postado por Amanda terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 0 comentários

Desde que o ano começou, tenho muito o que compartilhar aqui sobre infelizes experiências machistas presentes no cotidiano.
Logo na virada do ano, na praia da barra em Salvador, vivênciei momentos de impotência, incoformismo e tristeza. Voltando  para casa presencieie a cena de um homem agredindo a namorada, tentando enforcá-la. A situação em si já chocante ganhou ainda mais repúdio com a apatia de todos a volta que além de não fazer nada para defendê-la, diziam: "Isso que dá, essas mulheres gostam de apanhar pra manter uma relação dessas". É tão fácil julgar e pior, culpar sempre a mulher, inclusive quando ela é vítima. Confesso que fiquei tão espantada com a violência e os comentários que não consegui fazer nada. Isso sempre me ocorre em situações difíceis.
O outro episódio foi ainda pior, já em Juazeiro, quando uma amiga foi perseguida pelo ex namorado que pensa ser dono dela. Inconformado com o fim do namoro, ameaça, inibe e a enche de medo. Essa história felizmente por enquanto tem final feliz. A encorajamos a denunciá-lo, e a polícia agora assegura a ela o direito de mantê-lo a uma distância mínima. 
Duro perceber tantos episódios tristes da demonstração do machismo no cotidiano, mas pior que isso é ver que todos consideram natural, poucos conseguem enxergar a dor de uma mulher violentada, a vontade de denunciar e o medo de serem expostas, de terem familiares envolvidos, agredidos e sofrendo também.
Enfim, poderia e gostaria de discorrer horas sobre essas questões, mas infelizmentesou refém do tempo. Fico no aguardo de opiniões e comentários. =)
Até mais ver! 

| edit post

Depois de séculos de abandono, muito pela minha falta de tempo, de internet, mas também pelo esquecimento da senha que só recuperei hoje, volto a postar no querido blog de discussão de gênero alguns debates.
Através de um estudo na Universidade trago hoje a apresentação do movimento social das prostitutas no Brasil, que traz consigo questões importantes para o debate de gênero, não só pela apropriação por vezes do movimento feminista ao movimento das prostitutas, mas pela importância do mesmo. Espero que gostem!

A Violência Legislação sobre prostituição no mundo

Há no mundo três sistemas legais sobre a prostituição: o abolicionismo, o regulamentarismo e o proibicionismo. O sistema regulamentarista reconhece a profissão e cria normas para sua aplicação. Esse é adotado em alguns países da América Latina, com exigências que incomodam o Movimento das Prostitutas como, por exemplo, a realização de exames periódicos obrigatórios, o que acaba gerando preconceito e exposição. O proibicionismo criminaliza a atividade e é exercido em poucos países por representar a ideia do domínio do Estado sobre o direito individual do corpo. No Brasil, o sistema adotado é o abolicionista que pune o empresário ou dono de estabelecimentos que incentivam a atividade. O Movimento das Prostitutas condena esse modelo, pois acredita que o recebimento de parte do lucro pelo patrão é natural no exercício de qualquer profissão. Além disso, acreditam que esse padrão facilita a corrupção e o preconceito. Ele defende o reconhecimento da profissão a fim de garantir a sua regulamentação.

Movimento das Prostitutas no Brasil

No país esse movimento é representado pela Rede Brasileira de Prostitutas que surgiu na década de 80. Sua missão, segundo o site da instituição (www.rededeprostitutas.org.br) é “promover a articulação política do movimento organizado de prostitutas e o fortalecimento da identidade profissional da categoria, visando o pleno exercício da cidadania, a redução do estigma e da discriminação e a melhoria da qualidade de vida na sociedade”.

Suas principais conquistas foram:
 Inclusão da categoria “profissional do sexo” na classificação brasileira de ocupações, do Ministério do Trabalho e Emprego;
 Apresentação ao Congresso Nacional de projeto de lei que reconhece a prostituição como atividade profissional, pelo deputado Fernando Gabeira;
 Primeira pesquisa nacional sobre qualidade de vida das profissionais do sexo, realizada pela UnB (Universidade de Brasília) e Programa Nacional de DST/Aids;
 Campanha Nacional “Sem vergonha, garota. Você tem profissão”, executada pelo Programa Nacional de DST/Aids e composta de: documento com recomendações para ações de prevenção, assistência e direitos humanos com profissionais do sexo; cartilha para prostitutas; adesivos; broche e spot para rádio;
 Disseminação do conceito e da prática da organização da categoria;
 Desenvolvimento de estratégias de promoção da cidadania e de prevenção das DST/HIV/Aids por associações de prostitutas.

Embora o movimento esteja atuante e articulado com suas ideias, ainda existem outros objetivos a serem alcançados, como:
 Assumir a identidade profissional e buscar o reconhecimento da atividade;
 Igualdade social;
 Manter o movimento social de prostitutas organizado;
 Liberdade, dignidade, solidariedade e respeito às diferenças;
 Protagonismo e autonomia;
 Valorização de suas vidas e do trabalho: auto-estima;
 Rejeição do abolicionismo e da vitimização;
 Direito à cidadania.

Atualmente existe uma barreira das prostitutas em se engajarem no movimento devido ao preconceito. Isso ocasiona a apropriação de seus ideais por outros movimentos, como o feminista. A Rede de Prostitutas não despreza as parcerias, porém diz acreditar que o movimento deve ser conduzido por prostitutas.

O Movimento das Prostitutas na Bahia

Na Bahia existem organizações ligadas ao Movimento das Prostitutas. São exemplos: APROSBA (Associação das Prostitutas da Bahia) e APROFS (Associação das Profissionais do Sexo de Feira de Santana). Em Juazeiro, embora não exista nenhuma instituição que represente os ideais da categoria, a Pastoral da Mulher, ligada à Igreja Católica, realiza trabalhos de auxílio às mulheres em situação de prostituição.

Pastoral da Mulher

Fundada em 1978, inicialmente com o nome de Escola Senhor do Bonfim, a Pastoral da Mulher de Juazeiro é uma entidade que vive a solidariedade e o compromisso com as mulheres em situação de prostituição.
Hoje, coordenada pelo Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, possui uma equipe que busca desenvolver ações que promovam uma maior humanização da realidade da mulher que se prostitui, fortalecendo sua organização e gerando um processo de transformação econômica, política e social.
A Pastoral trabalha na perspectiva de quatro dimensões: Sensibilização, Formação e Capacitação, Organização e Seguimento. Prioriza em sua ação o caráter interdisciplinar das atividades e apoia-se numa metodologia de ação- reflexão das vivências cotidianas, articulada num método que pretende criar condições para o crescimento a partir das próprias experiências.

As linhas de ação da Pastoral são:
 Impulsionar a participação da mulher enquanto cidadã;
 Impulsionar a convivência grupal;
 Fortalecer os vínculos familiares;
 Promover a organização e articulação das mulheres;
 Incentivar a geração de renda baseada nos valores de economia solidária;
 Promover a formação permanente e contínua da equipe;
 Impulsionar uma análise sistemática da realidade;
 Promover trabalho em rede de instituições, grupos e demais pastorais.

São exemplos de atividades realizadas e serviços oferecidos:
 Atendimento psicológico;
 Atendimento social;
 Encaminhamentos na área de saúde e jurídica;
 Assessoria a outros grupos e equipes;
 Cursos profissionalizantes;
 Encontros de articulação;
 Trabalho de campo;
 Oficinas;

Algumas entidades dão suporte à Pastoral:
 CIAM (Centro Integrado de Atendimento à Mulher) – Apoio psicológico, saúde, jurídico e social à mulher vítima da violência;
 UNEB (Universidade do Estado da Bahia) – Acompanhamento e encaminhamento de processos, pensão alimentícia, orientações jurídicas;
 Ministério Público – Defesa da ordem jurídica dos interesses sociais e individuais democráticos;
 CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) – Combate ao abuso e à exploração sexual e outras formas de violência contra crianças e adolescentes;
 CIDHA (Centro de Informações em DST/HIV/Aids) – Diagnóstico, acompanhamento e apoio ao portador de DST e Aids. Distribuição de preservativos; entre outros.

Fonte: www.rededeprostitutas.org.br

Obs.: A partir de hoje, comentários anônimos não serão mais permitidos. Mostro minha cara e debato sem ofender, faça o mesmo! =*

| edit post

A bola da vez!

Postado por Amanda quinta-feira, 15 de julho de 2010 1 comentários

O CASO 'ELIZA SAMUDIO' E O MACHISMO TOTAL

O caso Eliza Samudio
Que tem chocado o Brasil
Emerge como prelúdio
De um grande desafio:
Exortar nossa Justiça
Pra deixar de ser omissa
Ante o machismo tão vil!

Trata-se de um momento
De grande reflexão
Pois não basta só lamento
Ou alguma oração
É hora de provocar
Propondo um outro olhar
Sobre processo e ação

Saiu na televisão
Rádio, internet e jornal
Notícia em primeira mão
Toda manchete é igual:
Ex-amante de goleiro
(Aquele cheio de dinheiro!)
Sumiu sem deixar sinal

Muita especulação
- discurso de autoridade-
Uns dizem que é armação
Outros dizem que é verdade
Polícia e delegacia
Justiça e promotoria:
Fogueira de vaidades!

Mei-mundo de advogados
Investigação global
Cada um no seu quadrado
Falando em todo canal
Subjacente a tudo
Um peixe muito graúdo:
Androcentrismo total!

A mídia fala em Bruno
Eliza e gravidez
Flamengo, orgia e fumo
-esta é a bola da vez!-
Tem muito 'especialista'
Em busca de alguma pista
Pra ser o herói do mês

E a história se repetindo
Mudando apenas o nome
Outra mulher sucumbindo
Sob ameaça dum homem
Uma vida abreviada
Cuja morte anunciada
A estatística consome

Assim é a violência
Lançada sobre a mulher
Ela pede providência
E cara faz o que quer
Mas a Justiça, que é lerda,
Machista, 'fazendo merda'
Vem com papo de mané

E oito meses depois
Da 'denúncia' inicial
Que é o feijão com arroz
Do distinto tribunal
Nadica de nada existe
Mas autoridade insiste
Que isto, sim, é normal:

“A culpa é do Instituto
Que não mandou o exame”
- isto soa como insulto
e daqueles mais infame-
Não era caso de urgência?
-tenha santa paciência!-
Para que serve um ditame?

A moça buscou amparo
Na Justiça do país
Agiu correto, é claro
E esperou do juiz
O tal reconhecimento
Sobre o pai do seu rebento
Tendo a vida por um triz

Também fez comunicado
Ao campo policial
Dizendo que o namorado
Praticou crimes e tal
Buscou as vias legais
Enfrentou feras reais
Terá sido este o seu mal?

Mesmo com a delegacia
Dita especializada
E com toda a apologia
De uma Lei avançada
Faltou ter a ruptura
Com aquela velha cultura
De que a mulher é culpada

E o cumprimento legal
No caso, muito importante
Seria mais um arsenal
Para enfrentar o gigante
Mudar a mentalidade
De nossas autoridades
É fator preponderante

E para que isto ocorra
Entre outra alternativa
Antes que mais uma morra
E o caso fique à deriva
É preciso compreender
Que Justiça é pra fazer
Enquanto a mulher tá viva!

Sei que nada justifica
Que haja tanta demora
E enquanto o caso complica
A vítima 'já foi embora'
Sem medida protetiva!
Sequer prisão preventiva!
Quanta inoperância aflora!

Se o exame era necessário
À elucidação do crime
O Estado-perdulário
Neste campo fez regime
Ficando no empurra empurra
No velho: ''mulher é burra,
e joga no outro time”

Todo crime tem problemas
De toda diversidade
Assim como há esquemas
Também há dificuldades
Mas pra mim é evidente
Que o machismo presente
Premia a impunidade

Machismo compartilhado
Por gente de toda cor
Do goleiro ao empregado
Do primo ao executor
Autoridades também
Implicitamente têm
Um machismo inspirador

Cada 'doutor' se expressa
Centrado no garanhão
É o mote da conversa:
Fama, grana e traição
Ao se referir a ela
Falam da menina bela
Que fez filme de tesão

Falta a compreensão
Da questão relacional
Gênero, classe, profissão
Cor e status social
O processo é narrativa
Que emerge da saliva
Falocêntrica-legal

E ainda que alguns digam
“Oh, Eliza, coitadinha”
E suas doutrinas sigam
Desvendando pegadinhas
A escola dogmática
Do direito-matemática
Perpetua ladainhas

Processo judicial
Só serve para punir?
Havia tanto sinal...
Não dava pra prevenir?
E a tal ação civil?
Alimentos deferiu?
Para o bebê consumir?

É um momento de dor
Para a família dos dois
O caso é multifator
Não basta dar nome aos bois
A lógica policial
Cartesiana e formal
Festeja tudo depois

Por isso se faz urgente
Conjugar gênero e direito
Pois um trabalho decente
Que surta algum efeito
Não se limita a julgar
Mas também a estudar
O cerne do preconceito

Homens que matam mulheres
Em relações de poder
Isto tem se dado em série
Mas é preciso entender
Que subjaz ao evento
Um histórico comportamento
Que vai construindo o ser

A nossa sociedade
Apesar da evolução
Reproduz iniquidade
E também muita opressão
Homem que bate em mulher
- E “ninguém mete a colher” -
Sempre foi uma 'lição'

Aprendida por goleiros
Delegados, professores
Motoristas, marceneiros
Pedreiros e promotores
Garçons e malabaristas
Médicos e taxistas
Juízes e adestradores

Por isto em nossos dias
De conquistas sociais
De novas filosofias
Direitos especiais
Não podemos aceitar
Justiça só pra apurar
Crimes tão excepcionais

Que a Justiça também
Sirva para (se) educar
Chega deste nhém-nhém-nhém
Deste eterno blá-blá-blá
A Lei Maria da Penha
Existe pra que não tenha
Tanta morte a lamentar!!!


Salete Maria

Obs.: (retirado do blog http://cordelirando.blogspot.com/ )
Salete Maria - Juazeiro
SALETE MARIA, cordelista residente em Juazeiro
Um jeito único de versejar.
Literatura contra preconceitos. Poesia emancipatória.
Cordéis premiados pela Fundaçao Cultural do Estado da Bahia-FUNCEB, recitados pela poetisa Deth Haak, musicados pela cantora Socorro Lira, citados pelo jornalista Arnaldo Jabor, referenciado por diversos pesquisadores brasileiros e apreciado por amantes da literatura popular e da cultura oral deste e de outros países.


Obs.1: Tirando as teias de aranha do blog com este cordel que representa a cultura popular de Juazeiro no dia em que a cidade comemora seus 132 anos de emancipação.

Repercussão do 8 de Março!

Postado por Amanda sexta-feira, 19 de março de 2010 0 comentários

Destaco aqui duas matérias que me chamaram atenção sobre esta data tão representativa.

A primeira refere-se ao ato realizado na cidade de Juazeiro, do qual participei, tendo como novidade a chegada da UBM à Juazeiro!

Já a segunda consiste em um material da União da Juventude Socialista (UJS) que de forma simples aborda as principais questões da discussão de gênero, enfatizando as principais bandeiras de luta das jovens mulheres.

Espero que gostem! Boa leitura!


Caminhada faz homenagem à mulher em Juazeiro


Por Anna Monteiro

Com muita alegria, entusiasmo e orgulho, centenas de pessoas foram às ruas nesta segunda-feira (08) comemorar o Dia Internacional da Mulher, que em Juazeiro foi celebrado com a 14ª caminhada, realizada pela Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social (SEDIS) e parceiros. No centenário da data as mulheres ressaltaram suas conquistas, as vitórias alcançadas pela luta feminista, e através do tema “Mulher: ser essencial em todos os campos”, confirmaram que têm papel fundamental nos mais variados segmentos.

A caminhada teve sua concentração às 15h30, no Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM), onde foi aberta a exposição “Mulheres, flores, formas e cores”, da artista plástica Zilma Tanajura, com a participação das Chiteiras da Colina. Ainda no local foram entregues os certificados “Mulheres Talentosas”, e distribuídas senhas para recebimento de mudas do projeto “Mulher Verde”. De presente receberam os parabéns, tocado pela banda da Polícia Militar, lembrancinhas e o show da banda Lábios de Mel que animou todo o percurso da festa.

Por volta das 17h, mulheres, crianças e homens engajados no movimento da luta pelo fim da violência contra o gênero, percorreram as principais ruas do centro da cidade, levando mensagens de reconhecimento e homenagens.Participaram da iniciativa diversas entidades organizadas, associações de mulheres, clube de mães, União Brasileira de Mulheres (UBM), e personalidades locais. O momento também marcou a luta pela instalação da Vara da Mulher, já publicada no Diário Oficial da Bahia.

Para a titular da SEDIS, Maria José Alves, as mulheres têm muito a comemorar, “somos incansáveis, lutamos por sonhos, ideais. Essa data oferece a oportunidade para refletirmos sobre o lugar ocupado por nós na sociedade, nos diversos campos, como educação, política, e social. Conseguimos grandes avanços e merecemos celebrar”. A primeira-dama do município, Ivana Carvalho, levou uma homenagem em nome do prefeito, “as mulheres juazeirenses são fortes, guerreiras, e não se acomodam. Buscam sempre seus espaços, e devem ser reconhecidas por tudo que representam”.

Feliz com as comemorações, a presidente da Associação de Mulheres de Maniçoba, Carmem Lúcia da Paz, fez um balanço, “depois que conseguimos o direito ao voto, passamos a ter voz, a sermos escutadas. Hoje, podemos nos sindicalizar e participar ativamente das decisões mais importantes do país. A luta ainda continua e tenho fé que conseguiremos a igualdade de gênero em todos os aspectos, incluindo o econômico”. A gerente de Proteção à Cidadania, Marli Carvalho, ratificou, “nesse ano de centenário do Dia Internacional da Mulher devemos refletir, analisar os avanços e desafios”.

CIAM

Alguns avanços foram registrados nos últimos anos, como elevação da taxa de escolaridade e a tendência contínua de redução do hiato salarial existente entre homens e mulheres, fator que deve-se à política de valorização do salário mínimo e às políticas sociais de transferência de renda. Outra vitória importante refere-se à ampla participação da sociedade, no sentido da erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres. É neste cenário que atua o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM), que é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social.

O órgão, amplamente divulgado durante a 14ª Caminhada da Mulher, foi criado com base na premissa de que a violência de gênero é um fato que exige intervenções e ações efetivas do município para assegurar os direitos das mulheres garantidos pela Constituição. Uma violência que envolve diferentes formas de práticas discriminatórias contra as mulheres, desde a educação diferenciada até a morte por homicídio.

O CIAM funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h, e oferece atendimento psicossocial e jurídico, além de atendimento médico pediátrico para os filhos das usuárias, acesso a serviços de saúde, educação, habitação, assistência social, trabalho, renda e segurança. Conta ainda com o apoio de uma rede socioassistencial, formada por Delegacia da Mulher, Juizado Especial Criminal, Defensoria Pública, Hospitais, entre outras organizações da sociedade. Para maiores informações (74) 3614-2028.

Fonte : http://www.juazeiro.ba.gov.br/?pag=noticias&id=3868

UJS Mulher - Juventude Feminina na Política e no Poder

8 de Março - Dia Internacional da Mulher

Todos os anos, milhares de pessoas saem às ruas para comemorar o 8 de Março - Dia Internacional da Mulher. Esta é uma data que marca a luta das mulheres por seus direitos e comemorar as conquistas já obtidas, como o direito a frequentar universidades e a votar nas eleições.
Apesar dos avanços, há muito ainda por conquistar. E se são muitas as dificuldades, elas ficam ainda maiores quando olhamos para as mulheres jovens. Temos salários mais baixos. Não há creches suficientes para nossos filhos pequenos. Somos vítimas de uma ditadura da beleza inatingível que acaba com nossa auto-estima; vistas como objeto sexual por um sistema que só visa o lucro e transforma nossos próprios corpos em mercadoria - o capitalismo. Sofremos com a violência doméstica e sexual. Nosso acesso aos métodos que evitam a gravidez é ainda bastante precário e a mulher que decide interromper uma gravidez indesejada é tratada como criminosa e pode ficar presa ou mesmo adoecer (e até morrer) nos açougues que são as clínicas clandestinas!

Só unindo forças vamos virar esse joogo

A União da Juventude Socialista (UJS) é uma entidade de jovens que lutam por um Brasil mais justo e soberano para todo o povo, um Brasil socialista - livre de preconceitos de qualquer tipo. Atuamos nas escolas, nas ruas, nas empresas e onde mais houver jovens dispostos a construir, desde já, essa nova sociedade, e passo importante dessa construção é a ampliação das melhorias em curso no país desde a eleição de Lula em 2002.

Lugar de mulher... é em todo luga!

Ao contrário de mais uma das mentiras dos grandes jornais e TVs, o mundo não é das mulheres, aliás, está bem longe disso. Quando se trata dos espaços de maior destaque nas empresas, na política etc, ou seja, os espaços de poder, na grande maioria das vezes são os homens os escolhidos, ainda que a mulher seja mais capacitada. Quando se trata de uma mulher jovem, então, nem se fala!
Só quando ocuparmos estes espaços de poder vamos reverter a desvantagem em que estamos hoje. Neste sentido, o governo Lula criou a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres - SPM, bandeira histórica das mobilizações das mulheres, hoje levada à condição de ministério, para elaborar estas políticas e ir diminuindo as desigualdades entre os sexos.
Ser a favor das mulheres não é ser contra os homens, e sim a favor de uma sociedade justa!

Pra ser muito mais Brasil!

A UJS chega ao seu 15° Congresso Nacional - são 25 anos de história - com o lema Pra ser muito mais Brasil!. Serão milhares e milhares de jovens nos quatro cantos do Brasil debatendo educação, trabalho, saúde, cultura, dentre muitas outras, e nossas questões específicas das jovens mulheres. É o momento de organizarmos nossas lutas para o próximo período. E você pode fazer parte desta história!

Fonte: Acervo pessoal. Site da UJS: www.ujs.org.br

obs.: Peço desculpas pela demora para atualizar o blog, pois estou envolvida com muitas lutas, a correria está grande, mas não esqueci o queimando sutiã não. hehehe...

obs.1: Para contribuir com o blog, envie um e-mail para queimeimeusutia@gmail.com

Piadinha

Postado por Amanda quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010 0 comentários

Ainda no clima das piadas, mais um e-mail que recebi.

Exigencias de um penis‏

Eu, Pênis, solicito aumento de salário pelas seguintes razões:


> > * Faço esforço físico no cumprimento de minhas funções;
> > * Trabalho em grandes profundidades;
> > * Mergulho de cabeça em tudo que faço;
> > * Não descanso nos fins de semana ou feriados nacionais;
> > * Trabalho em ambiente extremamente úmido;
> > * Não recebo horas extras;
> > * Trabalho em ambiente sem iluminação e sem ventilações adequadas;
> > * Trabalho sob altas temperaturas, sem climatização;
> > * Meu trabalho me expõe as doenças contagiosas;

> > RESPOSTA DA DIRETORIA (Feminina)

Sr. Pênis, após a revisão dos seus pedidos e considerando seus argumentos, a DIRETORIA REJEITOU seu pedido baseando-se nos seguintes fatos:

> > * Você não trabalha 8 horas ininterruptamente;
> > * Você dorme durante o expediente após curtos períodos de trabalho em visível demonstração de 'corpo mole'
> > * Você não segue sempre as ordens da gerência e costuma visitar outras repartições;
> > * Não tem iniciativa. Precisa ser estimulado e pressionado para começar a trabalhar;
> > * Você deixa seu ambiente de trabalho bagunçado ao final do turno;
> > * Nem sempre você observa as normas de segurança de trabalho e abre mão de seu EPI - Equipamento de Proteção Individual. Ou seja, não veste a correta roupa protetora;
> > * Você se aposentará muito antes dos 65 anos;
> > * Você é incapaz de trabalhar dois turnos dobrados;
> > * As vezes você abandona sua posição de trabalho antes de completar a tarefa;
> > * Ou passa mal e vomita ou simplesmente desmaia;
> > * E se tudo isso não bastasse, temos observado que você entra e sai do seu local de trabalho carregando um saco de aparência suspeita.

> > Sem Mais.

> > Atenciosamente,

> > Diretoria Feminina!


Ah, é engraçada né? Ou será que eu estou besta demais e afetada pelo clima do carnaval?

obs.1: Em tempo de férias, quase impossível uma produção intelectual. Desculpa!

obs.2: Sequencia estratégica de Postagens toscas, assim fica claro que preciso de contribuições! hehehe...

Vingança!

Postado por Amanda quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010 2 comentários

Hoje trago aqui um e-mail que recebi, cheio de piadinhas a respeito dos homens.
Não quero ser a semente da discórdia, mas ah, nós mulheres sofremos tanto com piadas e com o preconceito, temos crédito pra brincar um pouquinho... hehehehe
Segue abaixo o e-mail que me rendeu algumas risadas.

Verdades sobre os homens...

01) Como se chama uma mulher que sabe onde seu marido está, todas as
noites?
Resposta: Viúva.

02) Como se chama um homem inteligente, sensível e bonito?
R.: Boato.

03) O que deve fazer uma mulher quando seu marido corre em zigue-zague pelo
jardim?
R.: Continuar a atirar!

04) Por que os homens não têm período de crise na idade madura?
R.: Porque nunca saem da adolescência. (Absolutamente verdade!)

05) Qual é o ponto comum entre os homens que freqüentam bares para
solteiros?
R.: Todos eles são casados.

06) Por que as mulheres não querem mais se casar?
R..: Porque não é justo! Imagine: por causa de '100 gramas de lingüiça' ter
que levar o porco inteiro! (Mto boa!!!)

07) Qual a semelhança entre o homem e o microondas?
R.: Aquecem em 15 segundos!


08) Por que não existe homem inteligente, sensível e bonito ao mesmo tempo?
R.: Seria mulher!

09) Quando um homem mostra que tem planos para o futuro?
R.: Quando ele compra 2 caixas de cerveja.

10) Por que mulheres casadas são mais gordas do que as solteiras?
R.: A solteira chega em casa, vê o que tem na geladeira e vai pra cama.
Já a casada vê o que tem na cama e vai pra geladeira.
(Hahahahaha)

11) O que disse Deus depois de criar o homem
R.: Tenho que ser capaz de fazer coisa melhor...

12) O que disse Deus depois de criar a mulher?
R.: A prática traz a perfeição!
Hahahahahaha muuuuuiiiito bom....

obs.: Sei que até estas piadas possuem resquícios de preconceito, mas a semana começou tão bem, que não consigo me chatear com nada...

Boa risada e restante de semana a todos e todas!

Odeio Machismo cristão!

Postado por Amanda segunda-feira, 25 de janeiro de 2010 12 comentários

Ao lado de uma colega de sala muito religiosa, que é evangélica, experimentei alguns segundos de desespero.

Em plena semana de apresentação do meu ensaio que falava sobre a exploração da mulher pela indústria cultural, resolvi abrir a bíblia aleatoriamente para me distrair da aula que estava chata.

Para minha surpresa li algumas frases que enfatizavam a submissão feminina como algo necessário para o exercício das boas condutas religiosas.
Já havia visto vários comentários sobre o machismo biblico, mas nunca havia lido, e confesso, me decepcionei!

Encontrei uma comunidade no orkut, muito boa da qual roubei o título para minha postagem... E de lá copiei alguns exemplos de citações bíblicas que representam melhor e ilustram o que realmente estou falando...

Veja só:

"Multiplicarei grandemente os teus sofrimentos e a tua gravidez; darás à luz teus filhos entre dores; contudo, sentir-te-ás atraída para o teu marido, e ele te dominará".
-Gênesis 3:16

"Mulheres, sede submissas aos vossos maridos, como convém no Senhor"
- Colossenses 3:18

"Os maridos devem permitir que as suas mulheres, que são de um sexo mais frágil, possam orar."
- I Pedro 3:7

"A cabeça do homem é Cristo, a cabeça da mulher é o homem e a cabeça de Cristo é Deus."
- I Coríntios 11:3

"O homem não foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem."
- I Coríntios 11:9

"As mulheres devem ficar caladas nas assembléias de todas as igrejas dos santos, pois devem estar submissas, como diz a lei."
- I Coríntios 14:34

"Se a mulher trair o seu marido, ela será feita em objeto de maldição pelo Senhor, sua coxa irá descair e seu ventre inchará."
- Números 5:20-27


Bom, agora deu pra sentir um pouco do meu desespero né?
Afinal enquanto tentamos através da militância política quebrar qualquer tipo de preconceito, com diversas lutas e movimentos, paralelamente temos enraizado em todos os ambientes sociais, como a igreja, a reafirmação dos papéis sociais que reservam à mulher este estereótipo de submissão.

Religiões Cristãs de todo mundo que me perdoem, mas se a Bíblia é machista, eu a Odeio!

O ódio do feminino: o caso da aluna da UNIBAN‏

Postado por Amanda terça-feira, 19 de janeiro de 2010 4 comentários

A contribuição de hoje veio por e-mail no mês de novembro de 2009. Trata-se de um texto de Contardo Calligaris, psicanalista e colunista da Folha de S. Paulo, que discorre sobre o caso da aluna da Universidade Bandeirante, Geysi Arruda, hostilizada por estudantes da Universidade, por se vestir da maneira que deseja.


NA SEMANA passada, em São Bernardo, uma estudante de primeiro ano do curso noturno de turismo da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo) foi para a faculdade pronta para encontrar seu namorado depois das aulas: estava de minivestido rosa, saltos altos, maquiagem -uniforme de balada.

O resultado foi que 700 alunos da Uniban saíram das salas de aula e se aglomeraram numa turba: xingaram, tocaram, fotografaram e filmaram a moça.
Com seus celulares ligados na mão, como tochas levantadas, eles pareciam uma ralé do século 16 querendo tocar fogo numa perigosa bruxa.

A história acabou com a jovem estudante trancada na sala de sua turma, com a multidão pressionando, por porta e janelas, pedindo explicitamente que ela fosse entregue para ser estuprada. Alguns colegas, funcionários e professores conseguiram proteger a moça até a chegada da PM, que a tirou da escola sob escolta, mas não pôde evitar que sua saída fosse acompanhada pelo coro dos boçais escandindo: "Pu-ta, pu-ta, pu-ta".

Entre esses boçais, houve aqueles que explicaram o acontecido como um "justo" protesto contra a "inadequação" da roupa da colega. Difícil levá-los a sério, visto que uma boa metade deles saiu das salas de aula com seu chapéu cravado na cabeça.

Então, o que aconteceu? Para responder, demos uma volta pelos estádios de futebol ou pelas salas de estar das famílias na hora da transmissão de um jogo. Pois bem, nos estádios ou nas salas, todos (maiores ou menores) vocalizam sua opinião dos jogadores e da torcida do time adversário (assim como do árbitro, claro, sempre "vendido") de duas maneiras fundamentais: "veados" e "filhos da puta".

Esses insultos são invariavelmente escolhidos por serem, na opinião de ambas as torcidas, os que mais podem ferir os adversários. E o método da escolha é simples: a gente sempre acha que o pior insulto é o que mais nos ofenderia.
Ou seja, "veados" e "filhos da puta" são os insultos que todos lançam porque são os que ninguém quer ouvir.

Cuidado: "veado", nesse caso, não significa genericamente homossexual. Tanto assim que os ditos "veados", por exemplo, são encorajados vivamente a pegar no sexo de quem os insulta ou a ficar de quatro para que possam ser "usados" por seus ofensores. "Veado", nesse insulto, está mais para "bichinha", "mulherzinha" ou, simplesmente, "mulher".

Quanto a "filho da puta", é óbvio que ninguém acredita que todas as mães da torcida adversa sejam profissionais do sexo. "Puta", nesse caso (assim como no coro da Uniban), significa mulher licenciosa, mulher que poderia (pasme!) gostar de sexo.

Os membros das torcidas e os 700 da Uniban descobrem assim um terreno comum: é o ódio do feminino -não das mulheres como gênero, mas do feminino, ou seja, da ideia de que as mulheres tenham ou possam ter um desejo próprio.

O estupro é, para essas turbas, o grande remédio: punitivo e corretivo. Como assim? Simples: uma mulher se aventura a desejar? Ela tem a impudência de "querer"? Pois vamos lhe lembrar que sexo, para ela, deve permanecer um sofrimento imposto, uma violência sofrida -nunca uma iniciativa ou um prazer.

A violência e o desprezo aplicados coletivamente pelo grupo só servem para esconder a insuficiência de cada um, se ele tivesse que responder ao desejo e às expectativas de uma parceira, em vez de lhe impor uma transa forçada.

Espero que o Ministério Público persiga os membros da turba da Uniban que incitaram ao estupro. Espero que a jovem estudante encontre um advogado que a ajude a exigir da própria Uniban (incapaz de garantir a segurança de seus alunos) todos os danos morais aos quais ela tem direito. E espero que, com isso, a Uniban se interrogue com urgência sobre como agir contra a ignorância e a vulnerabilidade aos piores efeitos grupais de 700 de seus estudantes. Uma sugestão, só para começar: que tal uma sessão de "Zorba, o Grego", com redação obrigatória no fim?

Agora, devo umas desculpas a todas as mulheres que militam ou militaram no feminismo. Ainda recentemente, pensei (e disse, numa entrevista) que, ao meu ver, o feminismo tinha chegado ao fim de sua tarefa histórica. Em particular, eu acreditava que, depois de 40 anos de luta feminista, ao menos um objetivo tivesse sido atingido: o reconhecimento pelos homens de que as mulheres (também) desejam. Pois é, os fatos provam que eu estava errado.

Machismo

Postado por Amanda sexta-feira, 15 de janeiro de 2010 5 comentários

Hoje começa aqui no blog uma sequência de contribuições de alguns amigos e camaradas sobre as questões relacionadas à discussão de gênero.
Para começar, um texto escrito em 2006, pelo diretor de comunicação da ABES (Associação Baiana de Estudantes Secundaristas) na época. Estou falando do valoroso camarada Alex Vasques que discorre neste texto sobre diversas problemáticas machistas cotidianas e finaliza provocando debates inspirados em documentos do Partido Comunista do Brasil - PC do B.
Ah, para finalizar, deixo o espaço aberto para novas contribuições.
Forte abraço e Boa leitura!

Questão de Gênero

-Dificuldades do alinhamento da teoria a pratica, no tratamento com as mulheres.

Nós comunistas temos uma imensa capacidade critica, com certeza o setor da sociedade que mais incentiva a critica, desde os primórdios, por uma simples questão acreditamos que temos que nos autovigiar e vigiar nossos camaradas, para não vacilarmos nos desprendendo do caminho da luta, nos corrompendo, para que possamos superar os vícios burgueses da sociedade, que estão entranhados no nosso cotidiano e cada vez mais propagados pelos meios de comunicações. A sociedade contemporânea sofre um intenso processo de alienação e de menosprezo da MULHER, como um ser pensante, apto a está na sociedade, a exemplo dos diversos processos preconceituosos que existem e tem que ser combatidos, quando também reflete algumas conquistas do movimento feminista na sua historia, que forjou diversas heroínas como: Elza Monerat, Olga Benário, Anita Garibaldi, Helenira Resende e Dinalva Oliveira. Neste cenário nos comunistas homens e mulheres temos um papel importante na superação do machismo, vicio burguês que atrapalha o avanço da sociedade e nossa atuação enquanto revolucionários, tendo em vista, que muitos de nós, pra não dizer quase todos, não estamos cumprindo com o nosso papel. No pouco conhecimento teórico e pratico, dentro do movimento comunista brasileiro, avaliando alguns dados, acredito que a opressão de sexo seja uma das mais difíceis de nós superarmos, o seu nascimento coincide historicamente com o nascimento da opressão de classe, mas não significa que acaba junto com a exploração de classe, e uma batalha intensa por avanços, culturais nos hábitos e rotinas, nos valores, a luta contra a opressão de sexo está na ordem do dia na agenda socialista. Em diversos momentos somos hipócritas por achar que estamos combatendo da forma que deveria ser feita, ou que não estamos simplesmente reproduzindo, visto que a autocritica, deve ser feita na pratica e que a teoria deve alinhar-se o mais próximo a pratica. Nos relacionamentos pessoais homens e mulheres, podem comprovar está avaliação, não digo só nos relacionamentos amorosos, mas amigos, maternos, familiares, profissionais e todo tipo de relacionamento pessoal, até no conceito de “cavalheirismo”, que tanto valoriza o homem, tratamos as mulheres como indefesas, como um vaso de porcelana que a qualquer momento tem perigo de cair no chão e se quebrar em pedaços, não quero aqui dizer, para que os seres humanos não sejam solidários e gentis uns com os outros, mas sim alertar pra tal questão que preocupa; nossas filhas não podem namorar antes dos quinze anos, os filhos nós incentivamos desde cedo, nossas amigas si tiverem relação com alguns garotos são rotuladas como prostitutas, como galinhas e outros adjetivos mais, os amigos são os mais bonitos, os mais simpáticos, os mais miseráveis (no sentido figurado da palavra), os que se sobressaem, a vizinha se sai com homens com carro ou com poder aquisitivo elevado é “MARIA GASOLINA”, já o homem é malandro, vai si dar bem na vida, porque aprendeu a viver da melhor forma possível, sendo gigolô, brincadeiras como bateu o carro daquele jeito, “SÓ PODIA SER MULHER!”, estão no nosso cotidiano e nem sempre percebemos, nos namoros traímos nossas companheiras, dando desculpas que a relação tem que ser aberta, livre, que a relação tem que romper com os padrões normais, mas que liberdade ou relação anormal que nós temos? Quando não compartilhamos está opinião, achamos que a relação anormal deve-se dá como via de mão de única, porque se a mulher agir da mesma forma não aceitamos. Como podemos nos abster da responsabilidade? Achamos que as partes mais valiosas da mulher são o conjunto (seios, nádegas e vagina), o prazer é muito bom eu sei, mas não podemos tratar as mulheres como meros objetos, servindo simplesmente para praticar o sexo e tomar posse.

A mudança desta realidade, para trilhar o caminho da nova sociedade, fazendo o combate no nosso meio (nossa organização revolucionária) e dentro da sociedade é uma bandeira socialista, para que possamos ter uma sociedade que valorize ao ser humano, e seus direitos, dando-lhe qualidade de vida, seja ele negro, branco, homem, mulher, homossexual e etc. É importante também falar um pouco, do momento histórico, para o partido e para o povo brasileiro. O reconhecimento de alguns equívocos, a afirmação da centralidade na luta pela emancipação da mulher, na 1ª Conferência de Mulher do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), que foi aprovada no estatuto do 11º Congresso do PCdoB, incluindo um Fórum Nacional Permanente sobre a questão.

“Não existe emancipação humana, sem emancipação da mulher”.

Frase que exemplifica o caráter estratégico na luta pela emancipação feminina. Grandes debates feitos em torno da questão, diversas conferências no país inteiro, desde assembléias de organismos, a conferências estaduais e municipais, findando todo este processo na 1ª Conferência Nacional, que tiro um rico documento sobre o assunto, tirando diretivas teóricas, praticas e constatações, imprescindíveis para elevar o patamar da luta pela emancipação da mulher. Dessas constatações e diretivas quero passar somente por algumas:

1- Dupla jornada de trabalho: Trilhando nossa rota, a partir de quando o capitalismo se da conta que só explora um setor da sociedade, as mulheres são incluídas no mercado de trabalho, como mão de obra de segunda categoria, tendo a mesma agora que se preocupar com o trabalho doméstico e com o trabalho “produtivo”, tendo uma dupla jornada de trabalho, sendo o primeiro ainda desconsiderado como trabalho e imposto pela sociedade como seu papel de vida, de destino.
2- Fortalecimento da corrente emancipacionista no movimento feminista, a UBM (União Brasileira de Mulheres), colocando-a no patamar de vanguarda do movimento feminista, irradiadora das idéias mais avançadas nos seio das trabalhadoras, associando a luta das mulheres, há luta de toda sociedade, quero dizer que a questão de gênero não é só interesse das mulheres, mas sim a toda sociedade, tendo as mulheres o papel de dirigentes do processo emancipação feminina.
3- Política de formação: Um dos pilares mais importantes para o combate irrestrito ao machismo, e tanto outros vícios burgueses é a formação, teórica dando a linha estratégica e munição para o combate, e a prática ensinando a combater.
4- Sobrelevar a participação da mulher na vida e nas instâncias de partido e nas instâncias públicas confere ao nosso partido a condição de pólo irradiador dos valores mais avançados do emancipacionismo.

É só o inicio de uma longa caminhada.
VIVA AS MULHERES!

Informe!

Postado por Amanda sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 0 comentários

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) será entrevistada, nesta sexta-feira (11/12), no Bahia no Ar, o primeiro telejornal da TV Itapoan.
A coordenadora da Bancada Feminina na Câmara falará sobre a campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres", entre outros temas.

O programa, apresentado por Daniela Prata, começa às 7h e antecede o Fala Brasil, noticiário nacional da Rede Record.

Imperdível!

BIBLIOGRAFIA


CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.


COELHO, Texeira. O Que é Indústria Cultural. São Paulo: Brasiliense, 2003.


COLLING, Ana Maria. Gênero e História: um dialogo possível? : Unijui, 2004 p.31


MARTINS, Josemar da Silva. Cultura e Desenvolvimento. Pintadas/BA: Fórum de Cultura Regional, 2004.


MARX, Karl. Manuscritos Econômicos filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2006.


RAGO. Margareth. Epistemologia Feminista: gênero e Historia IN Masculino, Feminino, plural. Florianópolis: Mulheres, 1998.


SOIHET, Rachel. Historias das mulheres. Disponível em: . Acesso em: 05 de Dezembro de 2009, 21:00h.